Adirplast fecha os números de 2021 e prevê recuperação moderada

O volume total distribuído pelos associados ADIRPLAST, incluindo todos os produtos comercializados pelas empresas, atingiu 234.22 toneladas em 2021. Os números mostram uma redução de 46,57% em relação ao volume negociado em 2020. A diminuição era esperada.

2021 foi uma continuação do que os empresários sentiram em 2020. A dificuldade para obtenção de matérias primas e os aumentos da inflação e dos custos dos fretes são só alguns fatores que complicaram a vida dos empresários brasileiros. Entre as empresas associadas à ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) os números refletem os percalços do último ano. O volume de venda total dos associados foi de 234,22 toneladas em 2021, enquanto o total em 2020 alcançou 438.392. Isso representa uma queda de 46,57% nas vendas. “No último ano tivemos uma alta da inflação de 10%, falta de energia – não só no Brasil como no mundo, muitas causadas por desastres naturais – e um dólar alto que dificultou muito não só para os associados ADIRPLAST, mas para empresários de diferentes setores”, revela o presidente da entidade, Laercio Gonçalves.

Ainda segundo Gonçalves, a retomada, mesmo que modesta, da economia nos últimos meses evitou uma queda maior. “Fatores positivos, como aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que ficou na casa de 4,5%, foram sentidos também pelo nosso mercado”, explica.

Assim, para 2022, Gonçalves acredita que no balanço geral deste ano seguirá essa tendência de retomada gradual dos mercados globais e brasileiro, embora ainda haja muitos desafios a serem superados. “Especialistas afirmam que teremos o crescimento de 1,5% do PIB. Além disso, o setor de embalagens prevê estabilidade com pequeno crescimento comparado a 2021. Já a oferta de resinas deverá estar um pouco acima comparada a 2021, inclusive com as oportunidades e demandas por resinas recicladas, PCRs e Biopolímeros. Ao todo, o setor de plástico deve crescer 5% esse ano”, afirma o presidente.

O otimismo moderado da ADIRPLAST é explicado devido a retomada gradual dos mercados, mas há alguns riscos possíveis para 2022. “A demanda por energia ainda é alta no mundo e as matérias-primas não vão ter seus preços reduzidos. Além disso, as 20 maiores economias do mundo têm apresentado altos índices de inflação. No Brasil, com eleições e copa do mundo à vista, o cenário estará mais claro apenas no segundo semestre”.

Laercio ainda reforça que é preciso lembrar que não voltamos aos patamares pré-pandemia do consumo global. “Nós da ADIRPLAST estamos otimistas, claro que com um otimismo moderado, mas confiantes que dias melhores virão”.

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