Adirplast aponta crescimento nas vendas do primeiro semestre de 2019

O volume médio comercializado pelos associados ADIRPLAST cresceu 3,5% no primeiro semestre deste em relação ao mesmo período de 2018, no entanto, margens cada vez mais apertadas inibem comemorações.

Os associados à ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) encerrou o primeiro semestre de 2019 com um aumento médio de 3,5% nas vendas quando comparadas com o mesmo período de 2018. Já em relação ao segundo semestre também do ano passado, o crescimento foi de 5,8%.

Para o presidente da entidade, Laercio Gonçalves, os números positivos são resultados de um trabalho de constante aprimoramento das filiadas: “Apesar de todos os problemas enfrentados pelo país nos últimos anos, nossas empresas continuam firmes, fortes e investindo. Temos uma logística tão eficiente quanto as grandes empresas do e-commerce. Assim, com muito empenho e trabalho, conseguimos alcançar números positivos nesses últimos dois anos. Em 2018, por exemplo, os associados venderam 421 mil toneladas de produtos – volume 5,8% superior ao comercializado em 2017, considerando todos os produtos que compõem o portfólio das associadas: resinas e plásticos de engenharia”.

De acordo com os números divulgados pela ADIRPLAST, os plásticos de engenharia, como PA 6 e 6.6, PC, ABS, POM e PMMA, tiveram maior incremento de vendas em volumes neste primeiro semestre em relação a 2018, enquanto o pior desempenho foi do polipropileno. Considerando apenas o volume de vendas das duas principais commodities – PEs e PP – houve aumento de 3,2% em relação ao primeiro semestre de 2018 e 7,4% em relação ao segundo semestre do ano passado.

A fraca demanda de polipropileno e EVA no mercado foi sentida pela Eteno. Por lá, conta Rodrigo Fernandes, diretor da empresa, o primeiro semestre foi apertado: “Lutamos para manter os volumes históricos mesmo que isso implicasse em sacrifício de margem, mas o desempenho está abaixo do esperado”.  De acordo com o executivo, o mercado de polietilenos foi que segurou a baixa demanda dos outros dois itens: “Essa é uma situação que perdura desde 2018”.

Para James Tavares, da SM Resinas, os resultados do primeiro semestre foram positivos, dentro do esperado. “Tivemos baixo crescimento da economia brasileira e muitas flutuações de câmbio e de preços internacionais”. A ampliação do portfólio da empresa, que neste período passou a trabalhar com as especialidades da DuPont , incorporadas à gama de produtos Dow, foi essencial para os bons resultados obtidos: “Nesta linha obtivemos um crescimento relevante”. De outro lado, no primeiro semestre, identificamos a desaceleração mais acentuada no mercado de rotomoldagem  que nos demais segmentos”, explica.

Assim, apesar dos números positivos, Laercio Gonçalves explica que o setor não está imune aos problemas econômicos e fiscais enfrentados pelo país. “A reduzida margem de lucros não nos permite grandes comemorações. Além disso, a guerra fiscal entre estados também permite uma competição desleal no varejo e inibe o crescimento das empresas sérias”, explicou o presidente da ADIRPLAST, Laercio Gonçalves.

Por isso, diz o presidente da entidade, seus associados depositam grande esperança na aprovação da Reforma Tributária liderada pela Câmara dos Deputados, tendo como base a excelente proposta do “CCiF – Centro de Cidadania Fiscal” de Bernard Appy.

Segundo semestre

Para o segundo semestre de 2019, a entidade prevê um aumento de cerca de 5% dos volumes comercializados em relação ao mesmo período de 2018.

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