Pandemia faz com que empresas do setor de distribuição de resinas plásticas se reinventem

Com a crise sanitária causada pelo coronavírus, as empresas tiveram que criar novas maneiras de administrar e manter suas vendas ativas. O investimento em tecnologia se tornou mais do que necessário e virou um grande aliado nesta nova maneira de fazer negócios

Desde que a quarentena causada pelo Covid-19 foi decretada em março deste ano, as empresas e entidades, não só no Brasil como no mundo, tiveram que se reinventar de maneira rápida. Trabalho remoto, e-commerce, investimento em TI, tudo isso, de repente passou a fazer parte obrigatória de suas agendas. Ricardo Mason, da Fortymil, por exemplo, conta que colocou todo o seu time, com exceção da logística, em home office ainda em março. “Nós fizemos toda adequação das equipes para que tivessem o devido conforto e condições de trabalho durante esse período. Foram feitos investimentos em links e equipamentos para que pudéssemos rodar todo o time a distância – do pessoal de vendas à contabilidade”, conta o empresário.

Mason explica que apesar de todo o clima de incertezas e problemas gerados pela pandemia, as mudanças feitas na empresa foram encaradas por todos de maneira muito positiva. “Trouxemos muita segurança para o time, principalmente no início, com grande suporte do nosso RH, sempre visando preservar a saúde física e mental de nossos colaboradores”. Para o futuro pós-pandemia, o empresário conta que ainda não tem um modelo fechado de negócio, mas acredita que, pelo menos por lá, continuarão trabalhando em um sistema híbrido entre home office e escritório.

Os padrões adotados na Fortymil corroboram com o estudo feito pela Cushman & Wakefield, que aponta que 40,2% de todas as empresas que não trabalhavam com home office antes da pandemia vão adotá-lo de maneira definitiva até esse período passar. Além disso, estudo feito por André Miceli, coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, prevê um crescimento de 30% para o trabalho remoto no Brasil após a pandemia.

Para Marcos Marcello, da Prolam, que implementou o home office desde abril deste ano, o resultado desse sistema é positivo. “Tivemos um nível de infecção na empresa muito baixo e este sempre foi a maior preocupação da diretoria. Dessa forma, sentindo-se seguros, os funcionários se dedicaram de maneira mais positiva e os resultados já voltaram a aparecer. O mundo e os hábitos não serão mais os mesmos. Portanto, todos mudamos e estamos abertos às novas configurações de trabalho, desde que dentro da legislação trabalhista vigente”, explica.

Nem tudo pode ser resolvido de casa. Assim, no segmento de plástico de engenharia, conta Wagner Silva Coentro, da Polyfast, o home office foi intensificado nos setores financeiro e de marketing, iniciativa que também deverá ser mantida de alguma maneira no futuro. “Devido ao nosso negócio ser de distribuição de plásticos de engenharia, é necessário que as visitas presenciais de caráter técnico/comercial continuem. Elas são essenciais no desenvolvimento de novas aplicações e de mercado”, explica.

Tecnologia, a grande aliada

Não há como contestar, a grande estrela de 2020 é a tecnologia. Ferramentas para melhorar a infraestrutura das empresas como sistemas de gestão, e-commerce e armazenamento em nuvem estão sendo essenciais neste período de pandemia.
O diretor da Prolam, Marcos Marcello, conta que a empresa está investindo em softwares de inteligência de mercado, mesmo já possuíndo uma robusta estrutura de TI para suportar suas fábricas de São Paulo e Manaus.

Na Fortymil, explica Mason, o investimento foi no âmbito do trabalho. “Investimos muito nos links, software e hardware para dar velocidade à equipe e a segurança que a empresa necessita para operar remotamente”, conta.

De acordo com um relatório global da agência de pesquisa de mercado IDC, companhias de vários países investiram mais de US$ 1 trilhão em transformação digital em 2019. Isso representa um crescimento de 17,9% em relação a 2018. Especialistas acreditam que esse número deve dobrar em 2020 devido à pandemia

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