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Cenários futuros para a Indústria Automobilística Brasileira

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Evento Online realizado dia 17/9/2020

Com Augusto Amorim
Senior Manager for Americas Vehicle Sales Forecast LMC Automotive

Encontro Innova & ADIRPLAST

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Pandemia faz com que empresas do setor de distribuição de resinas plásticas se reinventem

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Com a crise sanitária causada pelo coronavírus, as empresas tiveram que criar novas maneiras de administrar e manter suas vendas ativas. O investimento em tecnologia se tornou mais do que necessário e virou um grande aliado nesta nova maneira de fazer negócios

Desde que a quarentena causada pelo Covid-19 foi decretada em março deste ano, as empresas e entidades, não só no Brasil como no mundo, tiveram que se reinventar de maneira rápida. Trabalho remoto, e-commerce, investimento em TI, tudo isso, de repente passou a fazer parte obrigatória de suas agendas. Ricardo Mason, da Fortymil, por exemplo, conta que colocou todo o seu time, com exceção da logística, em home office ainda em março. “Nós fizemos toda adequação das equipes para que tivessem o devido conforto e condições de trabalho durante esse período. Foram feitos investimentos em links e equipamentos para que pudéssemos rodar todo o time a distância – do pessoal de vendas à contabilidade”, conta o empresário.

Mason explica que apesar de todo o clima de incertezas e problemas gerados pela pandemia, as mudanças feitas na empresa foram encaradas por todos de maneira muito positiva. “Trouxemos muita segurança para o time, principalmente no início, com grande suporte do nosso RH, sempre visando preservar a saúde física e mental de nossos colaboradores”. Para o futuro pós-pandemia, o empresário conta que ainda não tem um modelo fechado de negócio, mas acredita que, pelo menos por lá, continuarão trabalhando em um sistema híbrido entre home office e escritório.

Os padrões adotados na Fortymil corroboram com o estudo feito pela Cushman & Wakefield, que aponta que 40,2% de todas as empresas que não trabalhavam com home office antes da pandemia vão adotá-lo de maneira definitiva até esse período passar. Além disso, estudo feito por André Miceli, coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, prevê um crescimento de 30% para o trabalho remoto no Brasil após a pandemia.

Para Marcos Marcello, da Prolam, que implementou o home office desde abril deste ano, o resultado desse sistema é positivo. “Tivemos um nível de infecção na empresa muito baixo e este sempre foi a maior preocupação da diretoria. Dessa forma, sentindo-se seguros, os funcionários se dedicaram de maneira mais positiva e os resultados já voltaram a aparecer. O mundo e os hábitos não serão mais os mesmos. Portanto, todos mudamos e estamos abertos às novas configurações de trabalho, desde que dentro da legislação trabalhista vigente”, explica.

Nem tudo pode ser resolvido de casa. Assim, no segmento de plástico de engenharia, conta Wagner Silva Coentro, da Polyfast, o home office foi intensificado nos setores financeiro e de marketing, iniciativa que também deverá ser mantida de alguma maneira no futuro. “Devido ao nosso negócio ser de distribuição de plásticos de engenharia, é necessário que as visitas presenciais de caráter técnico/comercial continuem. Elas são essenciais no desenvolvimento de novas aplicações e de mercado”, explica.

Tecnologia, a grande aliada

Não há como contestar, a grande estrela de 2020 é a tecnologia. Ferramentas para melhorar a infraestrutura das empresas como sistemas de gestão, e-commerce e armazenamento em nuvem estão sendo essenciais neste período de pandemia.
O diretor da Prolam, Marcos Marcello, conta que a empresa está investindo em softwares de inteligência de mercado, mesmo já possuíndo uma robusta estrutura de TI para suportar suas fábricas de São Paulo e Manaus.

Na Fortymil, explica Mason, o investimento foi no âmbito do trabalho. “Investimos muito nos links, software e hardware para dar velocidade à equipe e a segurança que a empresa necessita para operar remotamente”, conta.

De acordo com um relatório global da agência de pesquisa de mercado IDC, companhias de vários países investiram mais de US$ 1 trilhão em transformação digital em 2019. Isso representa um crescimento de 17,9% em relação a 2018. Especialistas acreditam que esse número deve dobrar em 2020 devido à pandemia

Adirplast tem recuperação de vendas nos meses de junho e julho e prevê segundo semestre estável

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Volume total de vendas dos associados ADIRPLAST no mês de julho foi 23% maior que o de junho. De janeiro a julho deste ano foram vendidas 259.041 toneladas (incluindo todas as resinas e os filmes de BOPP e BOPET)

Mesmo com a pandemia afetando todos os setores da economia brasileira, os associados ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) estão conseguindo recuperar parte de suas vendas. A demanda no mês de julho foi 23% maior do que a de junho, que já tinha apresentado uma tendência de alta. “A recuperação é gradual. Junho foi 31,1% maior que maio, que por sua vez foi 11,8% maior que abril – pior mês do histórico da associação”, explica Laercio Gonçalves, presidente da entidade.

O volume de vendas total dos associados ADIRPLAST (incluindo todas as resinas e os filmes BOPP e BOPET) de janeiro a julho de 2020 foi de 259.041 toneladas. Comparando esse período com os mesmos meses de 2019, é possível perceber a queda de 6,9% nas vendas. Considerando os volumes por grupo de produtos, foram vendidos pelas empresas associadas à entidade em julho deste ano 36.560 toneladas das commodities PEs, PP e PS, 2.663 toneladas de plástico de engenharia (PA6, PA6.6, PMMA, PC, PBT, ABS-SAN, POM e PU) e 3.462 toneladas de filmes Bi-orientados (BOPP e BOPET). “Estes volumes representam cerca de 10% do consumo brasileiro de resinas plásticas, inclusive recicladas. Não entra nesta conta apenas o PVC”, observa Gonçalves.

Para o vice-presidente da ADIRPLAST, Osvaldo Cruz, a retomada das vendas em junho e julho foi significativa e importante, porém, ainda não é capaz de neutralizar a brutal parada da economia iniciada na segunda quinzena de março e que teve seu pico em abril. “É preciso observar que, no acumulado do ano, ainda estamos em patamar 6,9% inferior ao igual período de 2019, que, diga-se de passagem, também não foi um ano de grande desempenho, nem para o setor plásticos, nem para a economia do país”, ratifica.

Apesar de pontuar realidade, Cruz diz que, diante das condições atuais, em meio a uma pandemia, foi possível ver nos meses de junho e julho deste ano uma capacidade formidável de reação do mercado nacional. “Se levarmos em conta os prognósticos mais sombrios que apareciam nos noticiários, essa reação traz um alento e sinaliza um segundo semestre melhor para a economia e, consequentemente, para os setores produtivo e da distribuição. Há luz no fim do túnel!”, ressalta.

Um ano que começou promissor teve sua história transformada pela pandemia do Covid-19, explica Daniela Antunes Guerini, diretora da Mais Polímeros. “Já no mês de março as projeções mudaram, devido à queda do volume de venda. Abril trouxe um novo cenário (um dos piores da história), volume baixo, vários pedidos de prorrogação, inadimplência e uma incerteza enorme. Maio foi o mês de controlar os problemas e tentar entender nosso mercado. Já em junho, com grande parte das Indústrias retomando suas atividades, iniciou-se uma fase de reposição de estoques na cadeia. A partir de então, os volumes subiram consideravelmente, porém, ainda não voltamos aos níveis de pré pandemia”, resume.

Para a executiva da Mais Polímeros, a demanda atual tende a se manter até outubro. “A partir do mês 10, acontece uma queda já esperada das vendas devido à redução dos estoques para fechamento do ano. Assim, estimamos que o ano termine com volumes 10% menores do que os do ano passado”.

Cláudia Savioli, diretora da Polymark, conta que esse tem sido um ano de mudanças profundas na empresa e seus negócios, não apenas pela transformação digital pela qual vinha implantando. “Esse é um período de muita resiliência, necessária para se adaptar às mudanças, reconfigurar as pessoas e os processos”, conta Savioli. Segundo ela, o mercado de embalagens flexíveis se mostrou forte desde maio. “O setor tem conseguido reconquistar o valor das embalagens flexíveis, material versátil e de extrema importância para a conservação de outros produtos. Isso, mais as vendas reprimidas de abril, têm feito nossa demanda crescer. Mas as margens foram apertadas”, explica.

Mesmo assim, diz Savioli, os desafios ainda não foram superados e o segundo semestre vai trazer um novo componente para o jogo, a falta de produto. “A falta de resina limita o crescimento de todo o mercado. Por isso, teremos que ter mais amplitude em estoques, diversificação, aumentar os custos de segurança, valer-nos de bons negócios e de boa comunicação, com transparência e comprometimento. Puxados pela maior demanda, os preços continuarão aumentando. Serão meses intensos”.

Para a APTA Resinas, distribuidora de plástico de engenharia, que é distribuidora exclusiva no Brasil da ExxonMobil (Metalocenos), de PP e de PE importados, apenas os meses de maio e abril foram muito ruins, conta Eduardo Cansi, diretor da empresa. “Nos demais meses, tivemos bons resultados”, conta. Assim, o executivo segue otimista e acredita que o segundo semestre siga tendência de alta apresentada nesses últimos dois meses do primeiro semestre do ano.

A percepção de que o segundo semestre seja melhor que o primeiro e siga estável é comum entre os associados da ADIRPLAST. Todos estão cientes dos obstáculos à frente, mas acreditam também que o pior já passou. “Hoje temos um mercado mais unido, além disso, a expectativa de mudanças, como a da aprovação da Reforma Tributária e até mesmo do início da conscientização das pessoas e dos governantes de que o plástico não é um vilão, mas um grande aliado no que se refere a conservação de alimentos ou de cuidados com a saúde, podem auxiliar no crescimento do setor”, finaliza Gonçalves.

Plastivida e ADIRPLAST apresentam o “Programa Pellet Zero – OCS®” para distribuidores de resinas plásticas

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Com um modelo de implementação totalmente inovador na América Latina, o Programa tem o objetivo de ajudar as empresas a evitarem eventuais perdas de pellets plásticos no ambiente

No dia 15 de julho, a ADIRPLAST – Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins, signatária do Fórum Setorial dos Plásticos – Por um Mar Limpo, reuniu seus associados para apresentar o “Programa Pellet Zero – OCS®”. O evento contou com a participação da Plastivida, licenciadora do Programa Internacional Operation Clean Sweep (OCS®) em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP (IOUSP), que demostraram o processo de implementação do Programa, que tem o objetivo de auxiliar as empresas na eliminação de eventual perda de pellets plásticos para o ambiente.

Veja o vídeo: Como implementar o Programa Pellet Zero. Indicações do Prof. Dr. Alexander Turra

O modelo de implementação, totalmente inovador na América Latina, segue os parâmetros estabelecidos dentro do “Fórum Setorial dos Plásticos – Por Um Mar Limpo” e baseado no Manual do Programa Pellets Zero do programa internacional “Operation Clean Sweep”, adaptado à realidade brasileira. O Manual busca atender às metas previstas pelo Objetivo do Desenvolvimento Sustentável nº 14 (ODS-14), de conservação e uso sustentável dos oceanos, e às assumidas pelos governos de diversos países e por organizações intencionais da sociedade civil, durante a Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, em 2017.

As empresas que assinam o compromisso com o Programa Pellet Zero – OCS® recebem a certificação com uma estrela e, com o processo de implementação do Programa, realizado em fases, as graduações são acrescentadas a seu certificado, até a pontuação máxima de 4 estrelas. Neste momento, a empresa opta por seguir os parâmetros do OCS® Blue, conseguindo, assim a quinta e última estrela. “O modelo de implementação, desenvolvido no Brasil e aprovado pelo OCS®, evidencia que a certificação é um processo contínuo de desenvolvimento e monitoramento, feito de forma transparente e rastreável”, afirma o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense.

Para Laercio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST, o Programa mostra como é possível que as empresas do segmento no país alinhem seus objetivos e cresçam de forma mais sustentável: “Com esse projeto temos a oportunidade de elevar a indústria brasileira de transformação a um patamar de excelência, superior até aos índices mundiais de eficiência. É um desafio enorme e uma oportunidade única, com potencial de ganhos expressivos para toda a cadeia”, comentou.

Em junho, a implementação foi apresentada para a indústria petroquímica, signatárias do “Compromisso Voluntário a Favor da Economia Circular” e para as empresas que atendem à logística dessa indústria e, na sequência, o lançamento oficial do Programa.


Plastivida
www.plastivida.org.br
Tel: 11-2148.4756

ADIRPLAST defende a unificação das feiras do setor de plástico

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Com intuito de achar saídas e posicionamentos mais adequados à época em que vivemos e que ainda se desenha a nossa frente que a ADIRPLAST – Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins – convida a todos do setor para uma reflexão que há tempos deveria ter sido feita, mas que foi sempre postergada. No entanto, diante do cenário atual, é imprescindível que pensemos em somar esforços e conter gastos isolados. Afinal, as empresas devem ter foco em seus investimentos mais rentáveis. 

Acreditamos que as feiras são as vitrines do setor. Nelas circulam e se encontram clientes e profissionais do segmento e esses eventos também servem para fortalecimento de marca e de relacionamentos. No entanto, os custos são altos e, por isso, precisam ser repensados. Assim, sugerimos a realização de um único evento e que seja capaz de promover o que este setor tem de melhor, como os exemplos da Feira K na Alemanha, Chinaplas ou Expo Plasticos no México.

Além das limitações econômicas das empresas e da necessidade de retorno dos investimentos, ainda pesa contra os eventos as evidentes imposições de isolamento que deverão nortear a sociedade a partir da pandemia. No mais, é preciso pensar também que hoje, graças à internet e as mídias sociais, a divulgação de novos produtos e serviços tem sido cada vez mais constante – nenhuma marca espera mais por feiras para anunciar um lançamento.

Tudo isso, ao nosso ver, conduz inapelavelmente para a unificação de uma só feira representativa do setor. E é nesse caminho que devemos seguir.

Assim, ciente da responsabilidade que lhe cabe, a ADIRPLAST, entidade que reúne 25 distribuidores e atende mais de 7 mil empresas de transformação, além de responder pela distribuição de 10% de todo o volume consumido de resinas plásticas, plásticos de engenharia e filmes bi-orientados do país, pede que a unificação das feiras do setor seja uma premissa conjunta para os próximos anos.

Enquanto um movimento neste sentido não é visível, temos aconselhado os nossos associados a procurar a opção que achar mais conveniente, de acordo com sua estratégia e foco comercial. No entanto, a unificação tende a ser uma escolha futura, não nossa, como associação, mas do próprio setor que, certamente, escolherá a feira de melhor retorno. Não havendo uma unificação espontânea dos eventos, ficará o mercado responsável por apontar quem deve permanecer representando o setor do plástico no Brasil.

Associados

Vendas caem entre os distribuidores associados à ADIRPLAST, mas segundo semestre tende a ser melhor

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Os efeitos econômicos do coronavírus estão sendo sentidos pelos associados da ADIRPLAST. As vendas de abril deste ano caíram 43% em relação a março. Mas antes de gerar mais incertezas ao setor, entidade ressalta que a redução é bem menos drástica, 2,5%, quando comparada a abril de 2019, ano em que segundo semestre fez toda a diferença

A pandemia está afetando todos os setores da indústria brasileira. Os associados ADIRPLAST, distribuidores oficiais de resinas, plástico de engenharia e filmes bi-orientados, também sentiram o impacto, principalmente no mês de abril.  As vendas das resinas commodities (PEs, PP e PS) no mês passado foram de 20.069 toneladas, o que representa uma redução de 43,6% sobre março. “Esses números já nos dão uma perspectiva para os próximos meses, que serão difíceis para todo o setor”, explica Laercio Gonçalves, presidente da entidade.

O volume de vendas de plásticos de engenharia em abril deste ano foi de 1.072 toneladas, apresentando uma redução de 58,4% em relação a março. Já os filmes bi-orientados somam 2.556 t, redução de 28,9%. Mas, apesar dos números baixos, o volume total dos associados ADIRPLAST no 1º quadrimestre de 2020 foi de 155.158 toneladas, uma redução de 2,5% em relação ao 1º quadrimestre de 2019. “Isso nos mostra que se o Brasil conseguir sair da pandemia até o início do segundo semestre do ano o mercado ainda tem tempo de se recuperar”, ressaltou Gonçalves.

O presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, declarou que uma redução da produção nos próximos meses é evidente, assim como uma desaceleração no volume produzido em 2020: “Grande parte da cadeia terá que manter suas atividades, assim como os demais setores e, apesar de todos os impactos na economia e nas atividades produtivas, seguimos confiantes em enfrentar este cenário da melhor forma possível”.

Com foco na indústria médico-hospitalar, os associados ADIRPLAST têm trabalhando arduamente nos últimos dois meses para atender a demanda de produtos como, por exemplo, máscaras, seringas, cateteres, frascos de álcool gel, respiradores e outros tantos itens. Além dos produtos médicos, também existe pedidos para embalagens para alimentos, bebidas, produtos de limpeza, copos, pratos e talheres descartáveis etc. “O plástico está neste momento salvando vidas e auxiliando no combate à Covid-19. Tivemos aumento nas vendas em segmentos específicos, mas em outros a demanda caiu bastante”, explica Wilson Cataldi, diretor da Piramidal, associado ADIRPLAST.

No segmento de bio-orientados, a cautela é a mesma. Segundo Marco Antonio Sabba, da Premium Reliance, distribuidora de BOPET, a empresa sentiu que seu produto está sendo mais solicitado por determinados segmentos, mas em outros as vendas também reduziram a quase zero. “Mas sabemos da nossa importância na cadeia e de como nosso produto é fundamental para ajudar no combate do coronavírus”, disse.

Para o mercado de plástico de engenharia a requisição por informações técnicas cresceu. “Tivemos um aumento significativo em requisições, sendo necessária a importação aérea para recompor estoque e manter o suprimento tanto para clientes antigos como novos. Houve também uma busca crescente por maiores informações técnicas sobre os produtos de nosso portfólio. Nós trabalhamos com uma gama extensa de polímeros avançados que atendem aos mais rigorosos requisitos da área médica. Com isso, além do fornecimento regular de materiais como as polissulfonas, já conhecidas no mercado, também há uma movimentação no sentido de introduzir aos clientes os novos materiais que vem sendo desenvolvidos por nossos fornecedores”, explicou o executivo da Master Polymers, Joel Pereira de Araújo.

Diante deste cenário, as empresas têm se adiantando na preservação de seus negócios. Jane Campos, South America Country Manager da Radici, explicou que nesse primeiro momento a Radice optou por cortar quase todos os investimentos para preservar o caixa, reduzir gastos e renegociar contratos: “Estamos estudando com cautela a médio prazo, fechamos abril com 60% das vendas, maio deve ficar 45% e estamos prevendo uma pequena retomada para junho, cerca de  70%. Apesar da situação acredito que vamos passar pela pandemia bem. Mesmo assim, sabemos que o mercado não voltará a 100% tão breve e estamos trabalhando com cenário de recessão para 2021”, explicou.

A executiva contou ainda que nesse momento as ações da Radici se voltaram para combater a Covid-19. “Adaptamos nossa fábrica e produzimos milhares de máscaras para doação. No Brasil doamos 6.500 Kg de poliamida para o Projeto Gama na fabricação de máscaras de proteção para médicos e trabalhadores da saúde pública. Também doamos um pequeno volume, 500 kg para válvulas dos respiradores produzidos pela Politécnica da USP”, explica.

Para o presidente da ADIRPLAST este é um momento único na história econômica mundial. “Precisamos estar unidos com todo segmento plástico e prontos para enfrentar a crise que será forte, mas passageira”, finalizou Gonçalves.

 

O desafio da destinação correta de recicláveis

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Apesar da geração de um grande volume de resíduos sólidos, a indústria ainda sofre com a falta de matéria-prima para recicladores.

Diariamente, a maior cidade do Brasil produz, sozinha, 20 mil toneladas de lixo. Apenas de resíduos domiciliares, são coletadas cerca de 12 mil toneladas/dia em São Paulo. Estes dados da prefeitura paulistana, de 2018, dão uma ideia do volume de resíduos sólidos que é produzido no Brasil todos os dias. Ainda assim, somente uma pequena porcentagem desse montante chega às recicladoras; e as cooperativas e indústrias de reciclagem têm visto algumas de suas centrais de processamento parcialmente ociosas por falta de matéria-prima, processando apenas uma fração do que teriam capacidade.

No Brasil, em dados mais recentes levantados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), o índice de reciclagem de embalagens plásticas e equiparáveis pós-consumo é de 25,8% – o equivalente à reciclagem de 550 mil toneladas no ano de 2016. Esse número poderia ser melhor se não houvesse uma dificuldade logística clara de que o material pós-consumo seja separado nas residências e encaminhado para a coleta seletiva ou a um PEV (Pontos de Entrega Voluntária).

“Hoje, a indústria de reciclagem engloba mais de 1 mil empresas e emprega cerca de 10 mil trabalhadores em todo o País. Com maior incentivo ao desenvolvimento do setor – por meio do aumento da disponibilidade de matéria-prima, da desoneração tributária e da valorização da atividade, por exemplo –, ainda mais negócios, empregos e renda poderão ser gerados”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST.

Os benefícios socioambientais da reciclagem também são bastante relevantes. A cada 1 tonelada de material reciclado produzido, há redução média de 1,1 tonelada de resíduo plástico disposto em aterros; economia média de 75% de energia e de 450 litros de água na produção do reciclado; geração de 3,16 empregos (catadores que recolhem esse volume de material no mês) e; contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Movimento na indústria

A indústria de reciclagem de material plástico, representada pela ABIPLAST, tem agido no sentido de colaborar para a resolução dos gargalos do setor e para elevar os índices de reciclagem no Brasil. Neste contexto, a Câmara Nacional dos Recicladores de Material Plástico (CNRPLAS), Câmara Setorial da ABIPLAST, tem contribuído de forma constante, discutindo e trabalhando em temas importantes e necessários nessa direção.

Nesse sentido, diversas iniciativas estão sendo trabalhadas na entidade, tais como a realização de treinamentos para cooperativas com o objetivo de melhorar a qualidade da separação de materiais plásticos – o que beneficia também os recicladores – e a atuação junto ao poder público.

A Rede de Cooperação para o Plástico, criada em 2018 para reunir todos os elos da cadeia do plástico em torno da discussão e desenvolvimento da economia circular no processo produtivo do setor, dentre outras frentes, tem estudado modelos de logística que viabilizem a reciclagem e a reutilização dos plásticos em todo o Brasil, bem como modelos de coleta incentivada.

Junto a outras 22 associações, a ABIPLAST também integra a Coalização Empresarial, que visa a implementação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens em Geral, realizado por meio do Acordo Setorial de Embalagens em Geral.

Para a educação ambiental da população, o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) – iniciativa da ABIPLAST e da Braskem – lançou o site e o aplicativo “Reciclagem de Plásticos”, idealizados para localizar com facilidade os PEVs mais próximos das residências para entrega de materiais recicláveis.

Além disso, em conjunto com a CNRPLAS, foi criada em 2016 a certificação de empresas que estejam dentro dos critérios sociais, ambientais e econômicos exigidos por lei – o SENAPLAS – Empresa e, em 2018, criou-se o SENAPLAS – Produto, que certifica a resina plástica reciclada, atestando algumas propriedades como – densidade, índice de fluidez, temperatura de amolecimento ou fusão e/ ou módulo de flexão, garantindo a qualidade e confiabilidade do produto.

Por fim, com o propósito de conscientizar a população sobre a separação do lixo orgânico do reciclável e importância dessa atitude, foi lançada em 2017 a campanha “Separe. Não pare.”, que contou com o apoio da ABIPLAST.

Fonte: http://www.abiplast.org.br/noticias/dia-da-reciclagem-o-desafio-da-destinacao-correta-de-reciclaveis/

Distribuidores de resinas plásticas temem que o surgimento de novas barreiras sanitárias possam ameaçar abastecimento das cidades

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Recuo do Governo Federal sobre as estradas, transferindo aos estados a competência de controlar e até de fechar vias pode levar ao desabastecimento de itens de primeira necessidade; basta que cargas como as de resinas plásticas, material primordial para a produção de embalagens de alimentos e insumos hospitalares, sejam retidas erroneamente.

Na última sexta-feira (20), empresas associadas à ADIRPLAST (Associação Brasileira de Distribuição de Resinas Plásticas e Afins) vivenciaram um problema que pode se repetir caso governadores de estados e prefeitos de cidades brasileiras resolvam bloquear estradas sem estudar o impacto que isso pode trazer à sociedade. Seus caminhões foram parados em barreiras sanitárias porque plástico, na opinião das autoridades que estavam no comando desses postos, não era um item importante. Percebeu-se, neste momento, na ADIRPLAST, a necessidade de alertar os órgãos competentes sobre o erro dessa constatação e da importância desta matéria prima. “Percebemos que precisávamos deixar claro que grande parte das resinas plásticas vai para a produção das embalagens, sem as quais não são comercializados alimentos, remédios e itens médicos”, explica Laercio Gonçalves, presidente da associação.

O alívio veio no mesmo dia, quando foram divulgados pelo Governo Federal a Medida Provisória nº 926, que passou a garantir a livre circulação do transporte de cargas em geral em todo o país, e o Decreto 10.282/2020, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que definiu o transporte de cargas como essencial para o abastecimento das cadeias produtivas  e, consequentemente, para a vida humana. “Isso foi de extrema importância, pois sem plástico, quase nada chega ao consumidor, nem comida, nem remédio, nem o álcool gel”, explicou Osvaldo Cruz, vice-presidente da entidade.

No entanto, no dia 23, o Governo Federal voltou atrás e publicou uma resolução que transfere da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aos órgãos de vigilância dos estados a competência para prever as condições técnicas para fechamento ou bloqueio de estradas. Pelo texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, ficou delegado aos órgãos estaduais fazer a recomendação técnica para “o estabelecimento de restrição excepcional e temporária por rodovias de locomoção interestadual e intermunicipal”.

Com isso, os distribuidores de resina plástica voltam a temer o impedimento de suas cargas tão essenciais. Para tentar amenizar o possível problema, a ADIRPLAST formulou um documento com mais informações sobre a importância do plástico na cadeia produtiva de insumos de primeira necessidade, como alimentos, remédios e fármacos, e orientou seus associados a imprimirem e distribuírem o documento entre seus transportadores. Esses devem apresentar o documento às autoridades mantidas em barreiras que, porventura, voltem a ser estabelecidas. Uma cópia da carta também deve ser enviada aos órgãos de vigilância dos estados.

“Entendemos que esse é um momento de preocupação e de engajamento das várias autoridades estaduais e municipais, mas, que antes de qualquer proibição, as consequências precisam ser estudadas. Assim também deveria ter sido feito anteriormente, antes da simples proibição da distribuição de plásticos descartáveis em bares e restaurantes. “Esses produtos garantem menor índice de contágio de doenças”, diz. “Agora, precisamos garantir que as pessoas que estão presas em suas casas ou hospitais tenham acesso a mantimentos e remédios”, complementa Cruz.

A importância do plástico

No começo do ano, cidades e estados brasileiros estavam tomando medidas drásticas para proibir o uso e comércio do plástico de uso único. O item havia se tornado um vilão, assim como quase todo material plástico. Agora com a pandemia do coronavírus, que atingiu em cheio quase todas as cidades do mundo, o uso e necessidade do plástico descartável está sendo repensado. “Alertamos as prefeituras que a proibição não era o mais adequado. Nossa entidade sempre defendeu que era necessário criar campanhas de conscientização do correto descarte do plástico, de investir em ações de incentivo à reciclagem. Levantamos inúmeras vezes discussões de como o plástico é fundamental para a evolução mais rápida e segurança da humanidade, mas em vão”, explica Laercio Gonçalves.

Mas essa, no entanto, não é hora de “apontar o dedo”, afirma Gonçalves, mas sim de trabalhar em conjunto. Afinal, 75% do plástico processado no Brasil é destinado à fabricação de embalagens de alimentos, remédios, itens de higiene e insumos hospitalares que não podem faltar nem nas casas, nem nos hospitais brasileiros: “Sabemos da necessidade das resinas plásticas, do plástico de engenharia e dos filmes bi-orientados. A produção de embalagens e de materiais plásticos são atividades fundamentais e essenciais para garantir que a população tenha acesso a quase tudo, inclusive itens que irão contribuir ao combate da pandemia provocada pelo coronavírus. Só para se ter uma ideia, 70% das seringas usadas no país, são feitas em plástico”.

Para que o país possa transpor melhor esse momento tão sensível, Gonçalves ressalta ainda que é importante que toda a cadeia produtiva esteja unida. “Não podemos deixar que faltem insumos nos hospitais e gôndolas, nossos clientes, principalmente os maiores, têm trabalhado até mais. Para 70% deles, que trabalham com os segmentos de embalagens, produtos hospitalares, limpeza e higiene ou farmacêuticos, a demanda, inclusive, cresceu em até 20% nos últimos dias”, conta o presidente da ADIRPLAST.

Coronavírus intensifica trabalho nos distribuidores e transformadores de resinas plásticas

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A pandemia mundial do Coronavírus, que tem afetado toda a economia mundial e colocado a vida de milhões de pessoas em risco, aumentou em até 20% a demanda por produtos descartáveis, principalmente das áreas médicas e farmacêutica. Nas empresas ligadas à ADIRPLAST, o foco está em atender o mercado de maneira responsável, com o trabalho sendo feito, sempre que possível, em home office ou evitando aglomeração de pessoas.

O plástico tem se mostrado um importante aliado na luta mundial contra a disseminação do Coronavírus. A descartabilidade e higiene proporcionadas pelo material são imprescindíveis. Nos últimos dias, as empresas transformadoras desses produtos revelaram ter altas na demanda, conta o presidente da ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins), Laercio Gonçalves. “Esse é um momento delicado para o mundo, em que todos estão assustados e recolhidos. Mas para garantir que não falte produto nos hospitais e gôndolas, nossos clientes, principalmente os maiores, têm trabalhado até mais. Para 70% deles, que trabalham com os segmentos de embalagens, de produtos hospitalares, de limpeza e higiene ou farmacêuticos, a demanda, inclusive, cresceu em até 20% nos últimos dias”, disse Gonçalves.

O depoimento de Gonçalves está de acordo com o relatório divulgado pela Bloomberg NEF. O documento mostra que as preocupações com a higiene dos alimentos devido ao Covid-19 devem aumentar o uso de embalagens plásticas. “Neste momento, sabemos da importância de nosso papel como distribuidores oficiais e estamos trabalhando para corresponder à demanda de nossos clientes e não deixar faltar produtos essenciais ao mercado”, explicou o presidente da ADIRPLAST.

O país ainda não está no momento mais crítico desta crise, por isso, é preciso cautela ao avaliar a situação e tentar prever o mercado, ressaltou Gonçalves. “Esse é um problema que deve se prorrogar por pelo menos mais 60 dias, no mínimo. Por isso, estamos trabalhando para evitar que a produtividade caia bruscamente, como na China, onde caiu em ⅔.”

Entre as empresas ligadas à entidade, os associados estão atentos às principais oscilações do cenário e às diferentes informações que chegam a cada dia. Para evitar a disseminação entre seus quadros de funcionários, a ordem é, quando possível, fazer home office. “Quando não, temos pedido para que se evite a aglomeração de pessoas nos escritórios e unidades e estimulamos frequentemente as boas práticas de higiene”, explicou o executivo.

Mercado em 2020

O Coronavírus vai passar, confia o presidente da entidade. “Esse é um problema pontual que iremos superar. Daí, acredito que os mercados, além do setor plástico, devam se restabelecer e apresentar, inclusive, certo crescimento”.

Há outros dois fatores, no entanto, que preocupam mais Gonçalves no que diz respeito a mercado. O primeiro deles é a limitação da produção por parte dos grandes players mundiais. “Isso tem feito com que estejamos passando por um momento de escassez de matérias-primas plásticas. A falta de matéria-prima, aliada a outros problemas como alta do dólar, queda do preço do barril de petróleo e ao próprio desempenho da indústria, pode certamente promover não apenas uma maior oscilação dos preços das resinas, mas a instabilidade do negócio em si”.

Assim como o Coronavírus, o atraso na aprovação, pelo governo, de uma reforma tributária que promova um equilíbrio fiscal maior no país é outro entrave que os distribuidores de resinas esperam ver eliminado o mais rapidamente possível do país.

Mercado 2019

Entre os associados Adirplast, considerando as vendas das commodities (PEs+PP+PS), foi observado um crescimento médio de 2,0% a.a, entre o período de 2015 e 2019. Em 2019, o crescimento de vendas entre essas resinas foi de 5,9% em relação a 2018. “Passamos de 372.632 toneladas vendidas em 2018, para 394.530 toneladas no ano passado”, explicou o presidente da associação.

Para mais informações sobre os números da entidade entre 2015 e 2019, acesse:

https://adirplast.org.br/vendas-dos-associados-adirplast/

https://adirplast.org.br/wp-content/uploads/2020/02/ADIRPLAST-2015-2019.pdf.